Essa posição é chamada de elevação passiva das pernas no mundo médico e é usada no ambiente hospitalar para determinar se os pacientes responderiam a fluidos intravenosos caso sua pressão arterial caísse.

Com o auxílio da gravidade, o sangue retornará com mais eficiência das pernas para o átrio direito do coração. Esse fluxo sanguíneo dilatará as câmaras cardíacas, levando a um aumento no volume sistólico (volume de sangue que o coração consegue bombear a cada batimento). Obviamente, quanto maior o volume sistólico, mais eficientemente o sangue e o oxigênio serão distribuídos para o resto do corpo.

A frequência cardíaca também diminui durante essa posição, como mencionado por Paul Felder durante a transmissão do evento. Mas isso parece ser um efeito secundário, um tipo de resposta compensatória à ação principal de aumentar o volume sistólico.

Essas alterações hemodinâmicas tendem a ocorrer nos primeiros 30 a 90 segundos dessa posição. Perfeito para um descanso entre as rodadas.

Um estudo japonês descobriu que qualquer ângulo de elevação das pernas entre 20 e 40 graus teria os efeitos desejados. No entanto, constatou-se que um ângulo de 20 graus é o mais eficaz para reduzir a frequência cardíaca, em particular. Portanto, as pernas não precisam estar tão altas na gaiola como as de Alexei. Mas, ei, ele certamente tem experiência para saber o que funciona para ele.